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De volta ao lar. Após passar por um período de tratamento no Centro de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (CePRAM), localizado no Parque do Rio Vermelho, em Florianópolis, o pernilongo-de-costas-brancas (Himantopus melanurus) retornou ao habitat natural na Praia do Moçambique, na Capital.

Após ser resgatada em Jaguaruna pela equipe de campo da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), instituição que executa o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no Litoral Sul, a ave foi transferida para o CePRAM. Com uma persistente anemia, por quase 50 dias passou pelos cuidados da equipe da Associação R3 Animal, entidade que administra o Centro.

Para retomar à saúde, além dos cuidados veterinários, a alimentação do pernilongo era composta por tatuíras coletadas vivas pela equipe de campo diariamente. Uma caixa de areia foi montada para mimetizar o ambiente natural onde a ave vive e as tatuíras eram colocadas para o pernilongo se alimentar.

Esta espécie de ave mede entre 30 e 40 centímetros de altura, costuma viver em áreas úmidas, mangues, lagoas e na área de linha de maré das praias. Alimenta-se de insetos, pequenos moluscos e crustáceos.

O CePRAM fica localizado dentro do Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

A Associação R3 Animal orienta que ao encontrar um mamífero, tartaruga ou ave marinha morta ou debilitada, o cidadão ligue para 0800 642 3341.

O Projeto

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia de animais mortos.

Foto: Nilson Coelho.