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Lançado pelo Governo de Santa Catarina através do Instituto do Meio Ambiente (IMA) em 2021, o Sistema Integrado de Monitoramento e Alertas de Desmatamento (SIMAD) já está atuando de forma efetiva contra crimes ambientais em Santa Catarina.

Na última semana, foi realizada pelo IMA em conjunto com a Polícia Militar Ambiental, a primeira operação de combate ao desmatamento com base nos alertas oriundos do SIMAD. A ação ocorreu em 6 áreas dos municípios de Angelina, Águas Mornas e São Bonifácio, onde a supressão de vegetação alertada pelo sistema pode ser identificada.

O presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto, enfatiza que a fiscalização realizada de forma totalmente orientada pelo sistema de geoprocessamento foi um marco histórico para o IMA. “O sistema traz mais celeridade na repressão de crimes ambientais e também permite ao IMA mais autonomia para disparar os alertas a outros órgãos de fiscalização e reduzir cada vez mais os desmatamentos ilegais em Santa Catarina”, pontuou o presidente do IMA, Daniel Vinicius Netto.

Já o diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental, Fábio Castagna da Silva, explica a importância da ferramenta no combate aos crimes de desmatamento ilegal no estado. “O SIMAD foi desenvolvido para atender a necessidades específicas dos órgãos de fiscalização em Santa Catarina, reduzindo deslocamentos desnecessários em função de imprecisão de informações“, explicou o diretor.

Sobre o SIMAD

O programa é inédito no estado e um dos mais inovadores do país, por utilizar imagens de satélite para comparar locais em diferentes períodos, mostrando o histórico da vegetação. Se há supressão de vegetação, por exemplo, o próprio sistema verifica se aquela supressão possui autorização de corte ou se foi clandestina.

O sistema identifica, por meio de imagens orbitais de alta resolução, a diferença de cobertura vegetal ocorrida mensalmente em todo território catarinense. São avaliados mosaicos com até 4,7 centímetros de resolução espacial disponibilizados pelo programa NICFI, em parceria com ao governo da Noruega.

“O alerta é gerado por meio de programas computacionais de código aberto e portanto sem custos para o Estado. Analisamos se houve autorização para supressão incluindo informações de responsabilidade do IMA e as disponibilizadas pelo SINAFLOR por meio do IBAMA, além de outras informações da área, como histórico de uso do solo, informações do Cadastro Ambiental Rural, entre outros”, explica o Gerente de Gestão de Informações Ambientais e Geoprocessamento, Diego Silva.

O SIMAD é o único monitoramento deste gênero, disponível em Santa Catarina, que realiza o cruzamento automatizado com outros sistemas, como de licenciamento, autos de infração, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e espaços territoriais especialmente protegidos (APP, Reserva Legal, unidades de conservação), entre outras camadas.