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A analista ambiental da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), engenheira agrônoma Cíntia Uller Gómez e a equipe de pesquisadores da Rede Sul Florestal, apresentaram nesta sexta-feira, 18, para os servidores da instituição, os resultados de cinco anos de pesquisas realizadas sobre sistemas florestais e produção de energia na agricultura familiar no Sul do Brasil. A Rede é formada por diversas instituições, entre elas, Epagri, Udesc, UFSC, UFPR, ICMBio, Emater/PR e Ibama.

Uma das áreas que a equipe da Rede Sul Florestal acompanha, orienta e realiza pesquisas é a produção e certificação de carvão vegetal e alimentos no município de Biguaçu com lenha oriunda do sistema de agricultura de corte e queima. Esta iniciativa foi destaque do Congresso Florestal Mundial, organizado pela Organização das Nações Unidas para alimentação e Agricultura (FAO), realizado em Durban, na África do Sul, no início deste mês, onde a pesquisadora esteve representando a Fatma. “Nosso trabalho foi o único case brasileiro apresentado de forma oral no congresso e foi reconhecido pela FAO”, explica a engenheira.

Segundo o coordenador da Rede Sul Florestal, o pesquisador da Epagri, Tássio Dresch Rech, a produção que ocorre no município de Biguaçu é símbolo da produção sustentável de energia, pois após realizarem a retirada da lenha para a produção de carvão, são cultivados durante dois anos, alimentos como mandioca, feijão e milho no sistema de agricultura de corte e queima, também conhecido como “roça de toco”. E após o plantio e colheita não é feito mais qualquer tipo de cultivo, possibilitando assim a recuperação da mata por um período de 15 anos. “Com certeza, é uma forma de produzir sem fazer a conversão definitiva do uso do solo, já que a floresta volta a se regenerar”, explica Rech.