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A manhã desta quinta-feira, 24, foi de recomeço para 13 pinguins-de-magalhães, recolhidos debilitados e doentes nas praias do Estado. Os animais foram tratados e reabilitados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), no Parque do Rio Vermelho, em Florianópolis. O trabalho é feito pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), em parceria com a ONG R3 Animal e a Polícia Militar Ambiental, dentro do Programa de Monitoramento das Praias da Bacia de Santos.

Os pinguins-de-magalhães são originários da Argentina e do Chile e com a chegada do inverno no Hemisfério Sul deslocam-se por águas brasileiras em busca de alimentos. Os que chegam às praias catarinenses geralmente são inexperientes e, após serem recolhidos, são tratados até adquirirem 3,5 kg, peso suficiente para serem libertados. Do grupo liberado nesta quinta-feira, dois eram adultos e, os demais, jovens. Dois estavam em tratamento desde janeiro e os outros chegaram em julho.

Desde o ano passado, os pinguins recebem um microchip implantado no dorso entre as asas. Cada equipamento possui um número que possibilitará reconhecer o animal caso seja encontrado novamente. “Em média, por ano, o Parque do Rio Vermelho reabilita cerca de 50 pinguins. O tratamento dura cerca de 45 dias e, os que estão fortes e saudáveis, são reunidos em grupos e libertados no mar para seguir o caminho”, explica a  veterinária e gestora da R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas.

Preservação e educação

O Centro de Triagem do Parque do Rio Vermelho recebe cerca de 2,5 mil animais silvestres por ano vítimas de tráfico ou maus-tratos. Além de abrigar e tratar os animais, o local disponibiliza uma trilha ecológica usada para educação ambiental. “O trabalho é feito em equipe e a ideia é mostrar aos visitantes que animal silvestre não é brinquedo. Que a retirada do meio ambiente traz danos, às vezes irreparáveis.”, explica o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick Rates. Como o objetivo do tratamento dos pinguins é devolvê-los à natureza, os animais não estão à disposição do público.

O que é o Programa de Monitoramento das Praias da Bacia de Santos (PMP-BS)

A atividade é desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal da Petrobras na produção e escoamento de petróleo e gás natural no pólo pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. O projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos dessas atividades sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos mortos. A área de abrangência do monitoramento engloba os municípios litorâneos dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e do Rio de Janeiro e compreende mais de 1.500 km de costa. O projeto atende pelo 0800 642 334.