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Comitiva da qual os técnicos do IMA fazem parte (Foto: Divulgação/IMA)

Entre os dias 15 e 18 de setembro, dois servidores do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), vinculados à Coordenadoria Regional (Codam) de Criciúma, participam de uma missão técnica na Pensilvânia, Estados Unidos, promovida pela Associação Brasileira de Carbono Sustentável (ABCS). O objetivo da missão é conhecer a situação local e as obras de recuperação já realizadas naquela região, cuja mineração de carvão existe desde meados do século XVIII.

Também fazem parte da comitiva representantes do Judiciário, Ministério Público Federal (MPF) e responsáveis pela recuperação das áreas impactadas pela mineração incluídas na Ação Civil Pública (ACP) do Carvão.

As visitas técnicas incluem uma obra de recuperação ambiental de área, com disposição de resíduos de carvão próxima a um centro urbano; uma estação de tratamento ativo, construída em 1972 para receber as águas de um rio, contaminadas pela drenagem ácida de mina; o projeto de restauração do córrego Donaldson Culm Bank; uma usina de cogeração de 80 megawatts que utiliza rejeito de carvão para a produção de energia, a Gilberton Power Plant, localizada na região de mineração de carvão antracito, no leste da Pensilvânia; um projeto de recuperação de mina abandonada; um antigo local de mineração de carvão a céu aberto; além de áreas com rejeitos de mineração, resíduos perigosos e aterros sanitários.

Os servidores terão, ainda, a oportunidade de participar de reuniões com representantes do Departamento de Proteção Ambiental da Pensilvânia e da Associação de Produtores Independentes de Energia da Região dos Apalaches (ARIPPA).

Segundo a engenheira agrônoma, Ana Paula Trevisan, e o engenheiro civil e de minas, Cesar Bussolo, servidores do IMA que participam da missão internacional, a troca de experiências é muito importante e o aprendizado será levado e aplicado à realidade da região carbonífera catarinense.

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O coordenador regional do Meio Ambiente, Ibanez Zanette, destaca que a oportunidade de conhecer essas experiências é importante para a definição do que será feito na região Sul catarinense, de modo a garantir um desenvolvimento ambientalmente sustentável. “Agradecemos a oportunidade que o IMA e o Governo do Estado estão dando para que os técnicos visitem essas áreas recuperadas e que estão sendo gerenciadas, para que a gente entenda qual o caminho que se deve seguir aqui na região para poder recuperar e gerenciar as áreas que estão dentro da ACP do carvão”, afirma.

“Essa missão técnica internacional é importante para o IMA e para toda a região carbonífera do estado. A troca de conhecimentos com especialistas e gestores de uma região com longa experiência na recuperação de áreas de mineração nos traz perspectivas valiosas para aprimorar práticas e estratégias ambientais. Nosso compromisso é garantir que os aprendizados obtidos sejam aplicados de forma eficiente e sustentável, promovendo a recuperação dos territórios impactados e o bem-estar da população. Agradeço a todos os envolvidos nessa iniciativa e reforço o empenho do IMA em contribuir com soluções que aliem desenvolvimento e respeito ao meio ambiente.” conclui a presidente do IMA, Sheila Meirelles.

ACP do Carvão

A Ação Civil Pública, que ficou conhecida como ACP do Carvão, foi proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) em 1993 e demandou às empresas carboníferas e à União a recuperação dos danos ambientais causados pela exploração de carvão mineral na região Sul de Santa Catarina. As cidades que possuem áreas incluídas dentro da ACP do Carvão são Criciúma, Forquilhinha, Içara, Lauro Muller, Orleans, Siderópolis, Treviso e Urussanga.