O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina (IMA) recebeu, na noite de segunda-feira (13), imagens que indicavam a presença de uma mancha de óleo na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Diante da situação, a Diretoria de Controle e Passivos Ambientais do Instituto enviou, na manhã de terça-feira (14), uma equipe do laboratório ambiental do IMA para o local, a fim de coletar amostras de água e verificar a origem do material.
As amostras foram encaminhadas para análise no laboratório do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), parceiro do IMA em ações de monitoramento da qualidade da água e identificação de florações de microalgas no Litoral catarinense.
De acordo com o diretor de Controle, Passivos e Qualidade Ambiental do IMA, Diego Hemkemeier Silva, a vistoria permitiu identificar indícios que descartaram a presença de óleo
“Durante a vistoria, os técnicos realizaram inspeção visual e coleta de amostras de água em diferentes pontos da lagoa. Foram observadas alterações na coloração e presença de espuma em determinados trechos, informações que foram confrontadas com os resultados laboratoriais”, explica o diretor.
Os resultados confirmaram que as manchas observadas se tratavam de espuma biogênica, formada durante e após uma floração de microalgas. A floração é um, fenômeno natural que pode ocorrer em decorrência de fatores como altas temperaturas, luminosidade intensa e presença de nutrientes na água. Esse tipo de evento tende a se dissipar naturalmente com a mudança das condições ambientais, como a diminuição da temperatura, das chuvas, presença de ondulação e da intensidade solar.
O IMA reforça que as análises laboratoriais continuam sendo realizadas de forma integrada com o IFSC, para avaliar a composição das espécies presentes e eventuais riscos à fauna e à saúde humana. “Esse tipo de ocorrência requer atenção, mas é importante destacar que nem toda floração está associada à presença de toxinas. O monitoramento contínuo permite identificar eventuais riscos e orientar ações preventivas”, complementa Dr. Carlos Eduardo Tibiriçá, Oceanógrafo do IMA.
As chamadas florações de microalgas são eventos de crescimento acelerado desses microrganismos, que podem alterar a coloração e as características químicas da água. O IMA recomenda que a população evite o contato direto com a água em áreas onde forem observadas manchas, alteração de cor ou presença de espuma na superfície.